Apenas eu

Imagem: We Heart It.

Meu amor não quero deixar dúvidas quanto a nós, pois então decidi escrever esta carta para você. Sei que não és o tipo de cara que gosta de receber uma carta, e tão pouco de atos romanticos. Mas decidi fazer assim e, acredito que é a melhor forma de te dizer coisas que nunca deixaste me falar. Não vou colocar a culpa em ti, jamais! Se há de culparmos alguém, esse alguém sou eu, apenas eu meu amor. Fui eu que me apaixonei por ti, busquei te entender, mas de forma alguma não deixei tu me entender. Então me escondi, nas mais profundezas da minha mente. Passei a dizer sim, para tudo que lhe fazia sorrir. Também passei a ler os teus pensamentos, por apenas olhares e já entendia que resposta queria ouvir. Me enganei. Achei que seria a melhor forma de dar certo, fazendo as suas manias e agradando os teus desejos. Acabei dando vida a uma outra garota, da qual não era eu! Meu amor, aquela garota, aquela que tu conheces é que te amas. Pois eu, sou uma completa desconhecida para ti. Completamente. {clique em leia mais, para continuar lendo}

É complicado, porque até eu mesma acabei por me desconhecer. É antigamente, sabia o que queria, mas ao seu lado. Ah, ao seu lado parecia não saber mais. Depois desses dias, pensei e retornei aos meus sonhos e planos. Descobri, que nós não temos nada em comum, a não ser um amor tão leviano. Desculpa-me se menti, não sei o que me deu para viver uma loucura assim. Fiquei tão envolvida pelos teus beijos, que nem mais pensei em mim, queria apenas a ti. Concordava em tudo, só para te ver sorrir. Meu bem, seus lábios me enfeitiçaram! E é por carta que quero que saibas disto tudo. Para não haver uma nova chance de isso voltar acontecer, desculpa-me por sumir dessa forma, mas na verdade nunca estive junto a ti. 

Quero ser apenas eu. Cortei meus cabelos, sei que não gosta de curtinhos, mas fazer o quê se amo o corte joãozinho. Voltei a andar descalça pela minha casa, sempre gostei de sentir o chão em contato com os meus pés. Ontem, tomei banho de chuva! Há quanto tempo que não fazia isso, meu deus, quão bom é! Abracei minha coleção de filmes velhos, e tudo que velharia que se pode encontrar em um brechó. Tentei te contar uma vez, mas sou avesa a essas novas tecnologias. Gosto do que é antigo, gosto de coisas simples, só isso. Também gosto dos meus móveis de madeira, acabei mentindo, não vendi os móveis. Pedi para um amigo guardar na garagem dele, até que eu pudesse colocar de volta no meu apartamento. E antes que me pergunte, os móveis novos devolvi o que podia para a loja e o restante vendi. 

Obrigada por ser amável comigo e, por tudo que me ensinou. E o melhor foi que aprendi que devo ser eu, sempre, não importa a situação. E se for para o amor chegar, que essa pessoa me ame do jeito que sou - mesmo gostando do que é velho-. Essa carta foi escrita com a sinceridade que nunca havia pronunciado antes a ti. Mais uma vez, obrigada!

Gente quero informar que o texto é de minha autoria, mas é fictício. Ok?