Saudades dela

Cherrie e seu companheiro de aventuras.

É com muita tristeza que escrevo esse texto, e também não estava nos meus planos pois foi tão de repente. Ontem mesmo ela estava aqui nos alegrando! A Cherrie era um São Bernado de uma mancha em um só dos olhos, pouco babona e muito resmungona. Eu e meu pai fomos buscá-la no outro lado da cidade em agosto de 2005, ela tinha poucos meses. Desde então, desde os meus dez anos ela me acompanhou, sempre se mostrando muito companheira e ciumenta. {clique em "Leia mais..." para continuar lendo}

Já comecei a sentir saudades dela e de tudo o que ela fazia. De ir até a janela e ver ela dormindo na grama, parecia um bebê algo que para o seu tamanho ficava ainda mais fofo. Das vezes que ela ouvia o meu barulho no quarto e, da minha janela eu ouvia os resmungos dela. Da minha chegada em casa que ela sempre fazia a festa, e só faltava me tirar do carro como se fosse uma pessoa. Das vezes que ela se virava de barriga para ganhar carinho no peito, até isso ela fez antes de partir, o que me deixava extremamente triste era a fraqueza dela e mesmo assim ela se esforçava. Saudade de todas as vezes que ela entrava no meu quarto para me procurar, estando eu ou não. Das vezes que ia a janela da sala ver o movimento da rua e pegava ela olhando para a mesma janela. Eu já sentia saudade de colocar ela no meu colo e fazer carinho na barriga dela, algo que eu sabia que ela também sentia falta, além das milhares de vezes que deixei ela dormir no meu colo quando pequena. Saudade até daqueles latidos frenéticos que tiram o sono de qualquer um. Enfim, ficaram saudades dela.

(26 de junho de 2005 - 19 de maio de 2013)